sábado, 21 de abril de 2012

A importância do consumo de Óleo de Coco Extra Virgem,

A agitação, a mídia,e as demandas das grandes cidades tem provocado mudanças significativas nos hábitos alimentares da população brasileira nos últimos anos.
As alterações no perfil alimentar dos brasileiros estão diretamente ligadas às transformações econômicas, sociais e demográficas que aconteceram no País nas últimas décadas. Em um Brasil mais urbano e com grandes exigências de cumprimento das jornadas profissionais, as pessoas dispõem de menos tempo para realizar suas refeições.
Historicamente, a cultura alimentar no Brasil teve sua origem na Colonização portuguesa, sofrendo inicialmente a influência de três raças: a branca, com a chegada dos portugueses nas terras brasileiras, a indígena, o encontro com o povo local e, a negra, vinda com os escravos que eram trazidos  da África.
Mais tarde sofreu ainda a influência de outros povos imigrantes, árabes, asiáticos  e outros europeus.
A transição nutricional ocorrida neste século resultou na chamada “dieta ocidental” caracterizada pelos altos teores de gorduras, principalmente de origem animal, de açúcar e alimentos refinados e baixos teores de carboidratos complexos e fibras.
Trazendo em consequencia um maior numero de doenças crônico   degenerativas, demandando maiores preocupações para a saúde pública.
No geral observou-se um aumento no consumo de  carbohidratos refinados e de ácidos graxos saturados e poliinsaturados.Dependendo da região do país, em maior ou menor grau.
O próprio óleo de côco era muito utilizado  na nossa culinária, com o tempo foi substituído pelos óleos vegetais como os de soja, milho e algodão, em nome da nossa saúde. Acreditava-se que o óleo de côco, por ser gorduroso, era prejudicial à saúde.
Hoje a ciência vem resgatando antigos hábitos nutricionais, incluindo o óleo de coco.
Alguns benefícios relatados em artigos publicados nos  últimos anos:
Rico em proteínas e fibras, possui diversos outros constituintes que são extremamente benéficos para a saúde.
O óleo de coco possui os seguintes ácidos graxos: ácido capróico 0,3-0,8%, caprílico 5,5-9,5%, cáprico 4,5-9,5%, láurico 44-52%, mirístico 13-19%, palmítico 7,5-10,5%, esteárico 1-3%, araquídico até 0,04%, oléico 5,8%, linoléico 1,5-2,5%.é rico em óleos saturados, em especial ácido láurico e mirístico e contém uma grande porcentagem de glicerol.
O glicerol é importante para o organismo, pois com ele o corpo produz ácidos graxos saturados ou insaturados, de acordo com suas necessidades.
O Óleo de Coco Extra Virgem possui ação termogênica que irá acelerar o metabolismo, gerando calor e queimando calorias. (Obesity Research, 2003; The Journal of Nutrition, 2002).
Ajuda a manter os níveis de insulina estáveis, resultando em sensações de saciedade e diminuindo a compulsão pelo consumo de doces e carboidratos em geral.
(Journal Indian Medical Association, 1998; Bruce Fife's book The Coconut Oil Miracle, 2004                                           
O óleo de coco, assim como a gordura do peixe, diminuem as concentrações de substâncias pró-inflamatórias no organismo, tais como TNF-alfa, Interleucina-1-beta e Interleucina-6.
Ainda aumenta a produção no organismo da citocina antiinflamatória Interleucina-10, possuindo portanto  ação duplamente antiinflamatória.
Ação antioxidante, devida em grande parte pela presença de  vitamina E, na forma de tocotrienóis e tocoferóis.
Possui ação imunomoduladora, antiviral e antimicótica.
Cerca de 50% dos ácidos graxos do óleo de côco são ácido láurico.
Ácido láurico é um ácido graxo de cadeia média, que é transformado em monolaurina no corpo humano.
Monolaurina é antiviral, antibacteriana e destrói vírus revestidos de lipídeo, como o HIV, o vírus do herpes, citomegalovírus, da gripe, diferentes bactérias patogênicas incluindo Listeria monocytogenes e Helicobacter pylori, e protozoários como a giárdia.
Em um artigo publicado no “ Indian Coconut Journal” em setembro de 1995, a Dra Mary Enig afirmou :
“O reconhecimento da atividade anti-microbiana da monolaurina tem sido registrada desde 1966. O trabalho embrionário pode ser creditado a Jon Kabara. Essa pesquisa anterior foi direcionada para os efeitos virucidais por causa dos possí­veis problemas relacionados com a preservação de alimentos. Alguns dos antigos trabalhos de Hierholzer e Kabara (1982), que mostravam os efeitos virucidais da monolaurina sobre ví­rus envolvidos em RNA e DNA, foram elaborados em conjunto com o Centro de Controle de Doenças do Serviço Público de Saúde Americano, com protótipos selecionados ou reconhecidos como envolvidos em membranas de lipí­dios de grande rigidez.”
A Dra. Enig afirmou em seu artigo, que a monolaurina, cujo precursor é o ácido láurico, destrói a membrana de lipí­dios que envolve o ví­rus bem como torna inativas bactérias, leveduras e fungos.

Diferentemente da gordura saturada das carnes, por exemplo, a do côco se compõe de ácidos graxos de cadeia média, considerados benéficos porque não são armazenados nas células – vão direto para o fígado e viram energia.
Daí a importância da não substituição da gordura por consumo excessivo de carboidratos, o que pode causar dislipidemias e aumento dos triglicerídeos e LDL. Mas sim o uso equilibrado dessa gordura saturada, que pode ‘compensar’ o consumo e necessidade de outros alimentos que causam ganho de peso, inclusiveO óleo de coco natural, ao provocar um aumento no HDL (bom colesterol), ajuda na prevenção de arteriosclerose e de doenças do coração.
Livre de gordura trans possui alto teor de ácidos graxos de cadeia média (ácido láurico), idênticos aos encontrados no leite humano.

Estudo epidemiológico elaborado por Kaunitz e Davrit (1992) em sociedades que se utilizavam do coco como alimento, onde se confirmou por um estudo da população, que uma dieta rica em óleo de coco não leva a um aumento dos índices de colesterol, nem das doenças coronarianas. Vale ressaltar que nessa sociedade não houve qualquer consumo de óleos hidrogenados. Apenas óleo de coco natural.

A Dra Mary Enig registrou que os efeitos do óleo de coco em pessoas com baixo ní­vel de colesterol é justamente o contrário daqueles com um alto ní­vel. As pessoas com uma baixa contagem de colesterol, deverão apresentar um aumento de colesterol sanguí­neo, do colesterol LDL e especialmente do colesterol HDL. Já as pessoas com alto ní­vel de colesterol apresentarão uma redução dos ní­veis de colesterol total e colesterol LDL.

Óleos ricos em ácido láurico, como o de coco, têm boa demanda na indústria de alimentos e na quí­mica, devido a sua “baixa rancidade”, sua facilidade de derreter e sua habilidade de formar emulsões estáveis e espuma. Esses fatores têm levado o óleo de coco a ser usado como óleo de cozinha, gordura vegetal, substituto de gordura do leite em margarinas, biscoitos, bolos, sorvetes e cremes para bolos, também substituto da manteiga de cacau. Aliado a isso, o óleo de coco tem um maior “grau de digestibilidade”, que qualquer gordura, incluindo a manteiga e isso é devido a seu alto percentual de glicerí­dios assimiláveis (91%). Por isso foi usado como substituto da manteiga, especialmente na confecção de margarina, porém com a introdução de óleos hidrogenados na confecção de margarina e gorduras vegetais, o óleo de coco perdeu seu lugar privilegiado na indústria alimentí­cia, especialmente a partir da preocupação de usar óleos poli-insaturados para evitar as doenças coronárias, por aumento do colesterol. No entanto, estudos feitos com grupos na Polinésia, que utilizam grande quantidade de óleo de coco na sua comida, encontraram uma menor taxa de gordura no sangue que o grupo que consumia uma dieta no estilo europeu. Por isso o consumo de gorduras saturadas ou insaturadas na influência do ní­vel de colesterol no sangue, ou de doenças coronárias, deve ser analisada no contexto geral da dieta e do estilo de vida das pessoas.
                                          
A dose terapêutica diária deveria corresponder à  uma dieta rica em 24 gramas de acido láurico diariamente.
Essa quantidade corresponde a aproximadamente 3,5 colheres de sopa de óleo de coco.


Dra Maria Elizabeth Ayoub.


Referências:


Maria Djiliah C. A. Souza e Priscilla Primi Hardt. Evolução dos hábitos  alimentares no Brasil.  Brasil Alimentos nº 15, agosto 2002.

Kabara, J.J. Antimicrobial agents derived from fatty acids. Journal of the American Oil Chemists Society 1984;61:397-403.

Mary G. Enig, PhD. More Good News on Coconut Oil.  December 2006.


Blackburn GL, Kater G, Mascioli EA, Kowalchuk M, Babayan VK, kBistrian BR.  A reevaluation of coconut oil's effect on serum cholesterol and atherogenesis. The Journal of the Philippine Medical Association 1989;65:144-152.

Enig MG. Diet, serum cholesterol and coronary heart disease, in Mann GV (ed): Coronary Heart Disease: The Dietary Sense and Nonsense. Janus Publishing, London, 1993, pp 36-60.

Enig, MG.  Lauric oils as antimicrobial agents: theory of effect, scientific rationale, and dietary applications as adjunct nutritional support for HIV-infected individuals.  in Nutrients and Foods in AIDS (RR Watson, ed) CRC Press, Boca Raton, 1998, pp. 81-97.

Enig MG, Atal S, Sampugna J and Keeney M. Isomeric Trans Fatty Acids in the U.S. Diet. Journal of the American College of Nutrition 1990;9:471-486.

Florentino RF, Aquinaldo AR. Diet and cardiovascular disease in the Philippines. The Philippine Journal of Coconut Studies 1987;12:56-70






 













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ORÉGANO (ORIGANUM VULGARE ) : uma especiaria com poderosa atividade antimicrobiana e antifúngica.

                                                              Origanum vulgare L.

Quem diria, não serve só para fazer pizza!
As espécies do Origanum são nativas da Europa e Ásia, pertencente à Família Lamiaceae.        É uma erva perene e aromática, muito utilizada na cozinha do Mediteraneo. As partes usadas são as folhas. Condimentos e especiarias eram muito consumidos pelas populações desde a antiguidade para melhorar o sabor de alimentos e bebidas. É considerado um dos mais antigos conservantes alimentares que se tem notícia. Os antigos assim o utilizavam evitando que houvesse a deteriorização precoce do alimento, assim como para evitar a formação de bolores. A palavra orégano (de Origanum) tem origem grega e significa “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva tinha o poder mágico de trazer felicidade. Os egípicios aproveitavam também as características preservativas destes temperos; as propriedades dos óleos essenciais de cravo, canela e cássia foram empregadas no processo de mumificação de seus mortos. Também além do seu tradicional uso na culinária, o orégano possui propriedades medicinais conhecidas desde remotas eras.

Hippócrates usava o Orégano para a cura de diversas enfermidades como cólicas intestinais, doenças respiratórias e problemas menstruais. Séculos depois, Paracelsus usava o mesmo Orégano para trata diarréias, psoríase, vômitos, icterícia e infecções fúngicas.

Devido ao interesse em substituir os antioxidantes sintéticos pelos antioxidante naturais, diversos pesquisadores também estão a procura de condimentos e ervas aromáticas com potencial para uso como antioxidantes em alimentos.

Orégano e seus produtos derivados como extratos de diferentes naturezas, óleo essencial e seus constituintes químicos, têm mostrado eficiência no combate do crescimento e sobrevivência de bactérias e fungos contaminantes de alimentos, bem como inibindo a produção de toxinas microbianas.
Origanum vulgare L. (orégano) têm sido reconhecido como uma espécie vegetal possuidora de várias propriedades terapêuticas, de modo que atualmente seu potencial antimicrobiano vem recebendo um grande interesse pela comunidade científica.

Os resultados da pesquisa feita em 1910 por WH Martindale, levou o a concluir que “o óleo essencial de orégano é o mais poderoso anti-séptico de origem vegetal conhecidas.”

Óleo de orégano possui poderosas propriedades antiviral, antifúngicas e anti-parasitárias.

A procura por princípios ativos oriundos das plantas tem despertado interesse em função da grande diversidade de compostos com possível ação antimicrobiana, já que algumas espécies de Candida já desenvolveram resistência aos antifúngicos disponíveis (Lacaz et al., 2002; Silva et AL.; 2002). Foram publicados diversos estudos sobre as propriedades antimicrobianas do óleo de orégano, in vitro, em 25 estirpes bacterianas estudadas, o óleo de orégano inibia 19, mostrava uma boa atividade contra 4 delas e era incapaz de impedir o crescimento de 2 delas; in vitro, o carvacrol exercia as suas propriedades antifúngicas contra a candidíase e sobre uma candidíase oral induzida experimentalmente em ratos imuno deprimidos, o que sugere que pode constituir um tratamento eficaz da candidíase oral; testado num modelo de levedura Saccharomyces cerevisiae, o óleo de orégano danifica de forma significativa a superfície das células tratadas; nos ratos, o óleo combate a infecção causada pelo Sstafilococus áureus de forma mais eficaz do que um antibiótico. Protege igualmente com sucesso contra a infecção os animais nos quais foi injetada a levedura de cândida. Foi evidenciado efeito fungistático e fungicida do óleo em concentrações na faixa de 5,8 a 46 μg/ml

Foi também observado que a sua composição química interfere nos resultados.

Constituintes

Os principais constituintes ativos são dois agentes fenólicos monoterpenóides, CARVACROL e TIMOL.

Possui ainda, flavonóides, ácido rosmarínico, triterpenos (e.g. ácido oleanóico, ursólico, 4-terpineol, g-terpineno), esteróis, vitamina A e vitamina C, cálcio, magnésio, zinco, ferro, potássio, cobre, boro e manganês.

Carvacrol e Timol são os responsáveis pelos efeitos antimicóticos e antimicrobianos.

Ambos constituem 70 a 90% dos ativos encontrados no óleo

Mecanismo de ação

O Carvacrol, em particular tem a propriedade de inibir o crescimento de Cândida albicans. O Timol estimula resposta imune.

Em conjunto atuam também como varredores de radicais livres.

Estes princípios ativos atuam sinergisticamente, portanto previnem danos teciduais enquanto favorecem a cura.

Observação:

Cepas de fungos resistentes ao orégano são raras. Devido à sua poderosa ação antifúngica, é capaz de destruir formas mutantes de leveduras resultantes do uso prolongado de antibióticos, e ou antifúngicos

Outros efeitos e indicações:

Efeito relaxante no músculo liso.

Ação antiparasitária (neutraliza protozoários). Diarréia, flatulência, má digestão, halitose.

Previne crises alérgicas.

Ação antinflamatória e descongestionante.

Micoses superficiais (pé de atleta, onicomicose), uso tópico.

Como coadjuvante no tratamento da psoríase.

Dermatites e seborréia.

 Seu uso pode ser tópico ou via oral.

Tratamento da Candidíase:

Para o tratamento de dessensibilização à Cândida, o tratamento deve ser por via oral, na forma de óleo, de preferência encapsulado, cuja padronização deve ser de 70 a 90 % em Carvacrol e Timol, pelo período mínimo de três meses, associado a outras condutas, tais como orientação alimentar entre outras.
Nas Candidíases vaginais podem ser feitos banhos de assento com uma espécie de chá de orégano, bem concentrado.

Contra indicações: Gravidez primeiro trimestre (risco de aborto).


Autor: Dra Maria Elizabeth Ayoub

Referências Bibliográficas:

N. Chami; F. Chami, S. Bennis; J. Trouillas; A. Remmal. Antifungal treatment with carvacrol and eugenol of oral candidiasis in immunosuppressed rats. Braz J Infect Dis vol.8 no.3 Salvador June 2004

CERVATO, G.; et al. Antioxidant properties of oregano (Origanum vulgare) leaf extracts. Journal of Food Biochemistry, Westport, v. 24, n. 6, p. 453-465, 2000.

Manohar V., Ingram C., Gray J., et al. Antifungal activities of origanum oil against Candida albicans. Mol Cel Biochem 2001;228:111-7

Centers for Disease Control and Prevention. Sexually transmitted diseases treatment guidelines 2002. MMWR 2002;51 (No. RR-6).

FERRER J. Vaginal candidosis: epidemiological and etiological factors. Int J Gynecol Obstet; 71 Suppl 1:S21-7, 2000.

Soliman KM, Badeaa RI. Effect of oil extracted from some medicinal plants on different mycotoxigenic fungi. Food and Chemical Toxicology, 40: 1669-675, 2002.

DEANS, S. G.; RITCHIE, G. Antibacterial properties of plant ssential oils. International Journal of Food Microbiology, Asterdam, n. 5, p. 165-180, 1987.

AKGUL, A.; KIVANÇ, M. Inhibitory effect of selected Turkish spices and oregano components on some common foodborne fungi. International Journal Food Microbiology, Amsterdam, v. 6, p. 263-268, 1988.

Manohar V. et al. “Antifungal activies of Origanum oil against Candida albicans” Mol Cell Biochem, 2001; 228 :11-17.

Zanandreia I, Santos J, Ludwig J, Bosenbecker VK, Bobrowski VL, Moura AB. Atividade antifúngica do óleo essencial de orégano (Origanum vulgare L.) testado contra fungos patogênicos do arroz. III - crescimento micelial de fungos em meio líquido. 55 Congresso Nacional de Botânica(CD).

Santos J, Zanandrea I, Ludwig J, Bosenbecker VK, Boborowski VL, Moura AB. Atividade antifúngica do óleo essencial de orégano (Origanum vulgare L.) testado contra fungos patogênicos do arroz. IV - crescimento micelial de fungos em placas sobrepostas. Fitopatologia Brasileira 2004 (suplemento); 29: 200-01.

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LAMBERT, R.J.W.; SKANDAMIS, P.N.; COOTE, P.J. A Study of the minimum inhibitory concentration and mode of action of oregano essencial oil, thymol and carvacrol. J. Applied Microbiol., v.91, p.453-462, 2001.

domingo, 15 de abril de 2012

Óleo de peixe pode melhorar a força muscular


O óleo de peixe rico em ácidos gordos poliinsaturados (omega-3),  têm demonstrado um papel importante na membrana plasmática e função das células dos músculos. CL Rodacki, da Universidade Federal do Paraná (Brasil), e seus colegas estudaram 45 mulheres, com a média de idade de 64 anos, todos elas envolvidas em um regime de treinamento de força por 90 dias. Quinze das participantes do estudo receberam 2 g de óleo de peixe (0,4 g EPA e DHA 0,3 g) por dia durante os 90 dias de treinamento, e mais 15 mulheres receberam óleo de peixe durante 60 dias anteriores ao treinamento de força, bem como durante os 90 dias de treinamento. Entre as mulheres suplementadas com o de óleo de peixe, os pesquisadores observaram uma melhora no torque muscular, bem como melhor desempenho em cadeira de aumento exercícios. Informando que: "A inclusão da suplementação do óleo de peixe causou grande melhora na força muscular e capacidade funcional, em mulheres idosas”.

Fonte:

The American Journal of Clinical Nutrition

sábado, 14 de abril de 2012

Estresse e obesidade: causa ou conseqüência?

Pesquisadores da Noruega mostram que dieta e falta de exercício não são suficientes para explicar aumento da obesidade.

O estresse pode levar a obesidade e ser obeso pode gerar estresse. É o que sugerem cientistas da Noruega, que afirmam que a dieta e a falta de exercício não são suficientes para explicar o aumento mundial da obesidade.
"O estresse é um dos muitos outros fatores que podem contribuir", afirma o biólogo humano Brynjar Foss da University of Stavanger, na Noruega.
Comer mais alimentos ricos em gordura, sal e açúcar, combinado com atividade física reduzida, tem sido destacado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como as principais causas da obesidade.
Os médicos têm prescrito, portanto, emagrecimento e exercício físico. Isto é seguido pela mídia e pelos setores comerciais que promovem o treinamento, a dieta e o aconselhamento do estilo de vida.
Causa ou consequência?
Brynjar Foss e o cientista do esporte Sindre M. Dyrstad focaram a atenção sobre esta questão com o artigo Estresse na obesidade: causa ou consequência? publicado na Medical Hypotheses.
Os pesquisadores reviram uma série de estudos, que mostram que os níveis de ganho de peso e de cortisol (o hormônio do estresse) são visivelmente maiores nas pessoas que engordarm por causa do estresse.
"Se você tem altos níveis de cortisol, você parece ganhar peso mais facilmente", diz Foss. Ele e Dyrstad sugerem que o estresse e a obesidade reforçam-se mutuamente por meio de feedback positivo.
Um círculo vicioso de estresse
Engordar pode potencialmente desencadear a resposta ao estresse que, por sua vez, estimula o ganho de peso adicional.
"Quando você engorda, seu corpo também fica sob estresse. Isso, provavelmente, tem um efeito de auto-reforço - de modo a tornar-se ainda mais gordo", explicou Foss.
Mas a dieta também pode estimular a produção de cortisol, que por sua vez pode desencadear a resposta ao estresse e, assim, combater a perda de peso.
"Se nossa hipótese provar-se correta, isso significaria que você vai ter que quebrar este padrão de estresse se quiser parar o aumento de peso", conclui Foss.

sábado, 7 de abril de 2012

Abuso de esteróides anabolizantes e seu impacto sobre a função tireóidea

A utilização de esteróides anabolizantes por indivíduos que desejam aumentar sua performance física, ou simplesmente para fins estéticos, tem atingido índices alarmantes nas últimas três décadas. Além dos efeitos desejados, uma infinidade de efeitos colaterais já foi bem descrita na literatura, como vários tipos de câncer, ginecomastia, peliosis hepatis, insuficiência renal, virilização, dentre outros. Sobre a função tireóidea, o efeito mais pronunciado em seres humanos é a diminuição da TBG ( Globulina carreadora de tiroxina)  , com conseqüente diminuição sérica de T3 e T4 totais, dependendo, porém, da susceptibilidade da molécula à aromatização e conseqüente transformação em estrógeno. Em ratos, o tratamento com esteróides anabolizantes altera a metabolização periférica dos hormônios tireóideos e também parece causar importante efeito proliferativo sobre as células tireóideas. Assim, fica o alerta acerca dos efeitos de doses suprafisiológicas de esteróides anabolizantes sobre a função tireóidea, reforçando o perigo que a utilização indiscriminada dessas drogas pode causar à saúde.

Fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia.
Rodrigo S. Fortunato; Doris Rosenthal; Denise P. de Carvalho